quarta-feira, 4 de abril de 2012

APARÊNCIA X ESSÊNCIA


Um pensamento dicotômico se estabelece na existência humana: O valor  das coisas está na superfície ou na profundidade? O que vemos reflete o que somos? O que falamos é exatamente o que sentimentos? Porque as grandes fragrâncias estão em pequenos frascos? Porque os últimos serão os primeiros? E os primeiros serão os últimos? Somos exteriormente o resultado da nossa aparência interior? Você pode está sentindo muita filosofia nestas perguntas, mas isto é a vida diária de todo ser humano, é a realidade inconteste de todos nós. Somos convidados a acreditar em coisas e em pessoas, em sistemas e organizações, somos vítimas da fé quando acreditamos errado? Quando nos deixamos levar pela beleza externa da vida, esquecendo da essência interior?
Devemos dar maior valor ao vemos ou ao que não vemos, mas sentimos? Estas perguntas nascem porque todos nós não desejamos errar, não desejamos sofrer, ninguém opta pela infelicidade, todos queremos acertar na vida. O ser humano tem a capacidade de fingir, iludir, trapacear, enganar, criar teatros, diferente dos animais irracionais, que matam apenas para matar a sua própria fome e não conseguem sorrir nem chorar como os homens, que racionalizam os pensamentos para não se emocionarem, conscientemente, que são capazes de sentir prazer no caos e alimentar o próprio mal contido em si mesmo. Isto tudo nos leva a termos quer ser pessoas preventivas, a colocarmos sempre o pé a traz diante de palavras e atitudes das pessoas ao nosso redor, não hasteando a bandeira da incredulidade, mas levantado uma tese: Quanto mais penso que penso, menos meu pensamento traduz a verdade que preciso crer, ficando eu, vendido a escravidão daquilo que vejo, não do que eu preciso e desejo realmente ver.
O amor não está no ar! Está no coração de quem conhece o seu criador, Jesus, não está nos out doors, nem em placas iluminadas, nos romances apaixonados dos líricos, o amor não está na superfície, está nas profundezas de cada ser, está aonde chega os olhos de Deus. Por isso, as aparências enganam, camuflam a verdade. Espetáculos teatrais não servem para se tomar decisões na vida, no máximo, eles cumprem seu papel ilusionista de entretenimento, sem, contudo, curar a alma de quem precisa de vida, de quem precisa sorrir para seus dramas. Não podemos olhar a vida pelo que nossos olhos denunciam não julgar a aparência por mais bela que ela seja, será infantil e incapaz de cumprir o seu papel desassociado do amor, da verdade e da justiça. Devemos viver e cuidar da nossa aparência interior, essa sim, mexe com nosso futuro, nos faz cantar ou chorar nos momentos de solidão, nos informa que a vida tem sentido, quando sentimos Deus no meio dela, nos faz amar até os inimigos da verdade, não para fazer alianças com eles, não para concordar com seus absurdos, não para andar de mãos dadas, mas para limpar nosso interior de culpas e seus maléficos resultados, ao produzir o perdão e a tolerância.
A maior aparência ninguém ver a olhos nus, a mais linda beleza não se enxerga sem Deus iluminar. Portanto, o que nos resta é viver o que somos não o que temos, é ser, antes de ter, é ter para um dia poder possuir, é possuir, com a sensação de que nada neste mundo é nosso, mas usamos enquanto estamos vivos, nada é para sempre e o sempre será sempre nada sem Deus. Não podemos mentir para a verdade, não podemos mudar nem alterar a força do vento, o caminho das nuvens, a temperatura do sol, logo, não podemos viver apenas por viver, isso seria existir e não contribuiria para o crescimento do seres neste mundo.
Conclusão: A essência traz a verdade, a realidade sem maquiagem, sem falsidades, faz-nos refletir o melhor caminho a seguir, o melhor momento de parar e de ir, de encontrarmos a realidade, o que realmente somos para nós mesmos, o que desejamos para o futuro. Ela radiografa nossa própria alma, investiga o coração e combate os sentimentos negativos e nocivos do nosso ser. A aparência é apenas uma casca, escondendo a linda ostra que se esconde dentro de cada um de nós, é a forma de dizer o que não somos e mostrar o que queríamos ser, é o momento da glória passageira, passando pela vida, por breves momentos existidos. Ela se quebra facilmente, envelhece, enferruja, cria rugas, forja momentos felizes, enganando e sendo enganados por aplausos falsos e realidades inventadas pela própria mente. A verdade não tem aparência, não tem cor, não tem odor, só tem valor e quando estes valores são identificados e praticados, nos tornamos pessoas com essência e aparência, com noção exata do tempo e do espaço. Não aceitando o raso, o vazio, sombrio, não, mas o amor, que de perfeito que é, se refaz dia a dia, para nos fazer felizes, criando a alegria de estar vivo e poder viver, interagir e sentir que todo este mundo é só aparência, mas lá dentro, na residência de Deus, é só a essência, é só a verdade e que vale a pena viver.
SEVERO
Nov/2011

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